Secas para lá, Cheias para cá... É melhor PLANTAR!

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Dizíamos no post anterior que os incêndios, as secas e as cheias estão relacionados entre si. Vamos procurar esclarecer melhor o porquê desta associação.

Sabemos que as florestas, como pulmões verdes, são essenciais para combater o tão conhecido “efeito de estufa”, que tem vindo a provocar inúmeras alterações climáticas, afetando a fauna, a flora e consequentemente o Homem. Quanto à flora, vamos ao detalhe:

As árvores e plantas são uma grande mais valia para o equilíbrio das bacias hidrográficas por dois motivos: em caso de chuvas intensas, elas recolhem parte da água pelas suas raízes, evitando cheias, inundações e a erosão dos solos; no caso de longos períodos sem chuva, as raízes e as plantas em si, ajudam a manter os solos húmidos e a preservar água em forma de vapor de água pela evapotranspiração das folhas. Por fim, uma área coberta de árvores está à partida mais protegida dos agentes causadores da erosão (chuva e vento), evitando o arrastamento dos minerais que tornam os terrenos férteis.

Ora, e quais os motivos da diminuição da área verde?

Por um lado, o excessivo tecido urbanizado, já que a área edificada ocupa cada vez mais superfície, com os respetivos passeios e asfaltos que dignificam uma cidade, mas que impermeabilizam o solo, tornando-se uma barreira ao ciclo da água e à sua natural reposição através da absorção. De forma imediata, esta impermeabilização pode facilmente deixar ruas inundadas, por exemplo.

Por outro lado, os incêndios são outro motivo da redução de área de floresta. Numa área ardida as raízes deixam de funcionar como “retentores” de água. As árvores queimadas, deixam de emitir vapor de água pela transpiração, já que também não fazem a fotossíntese que devolveria oxigénio à atmosfera, reduzindo as quantidades excessivas de dióxido de carbono que também desequilibram o ciclo da água e nos conduzem a longos períodos de secas. Posteriormente, num período de chuvas intensas, uma área queimada facilita o escoamento superficial dos solos, arrastando consigo enormes quantidades de sedimentos que podem provocar danos ainda mais graves que a própria água em excesso.

Se em tempos a desflorestação de um país era sinónimo de crescimento económico, fosse pela urbanização e construção de indústrias, ou pela produção de papel e venda de madeira para construção, hoje é urgente reflorestar para que a economia cresça de forma segura e sustentável. Sabemos que a Natureza é imprevisível e destruidora, mas também é sabido que temos nas nossas mãos formas de reduzir drasticamente os seus estragos. Precisamos de um país a salvo, que inspire confiança e que não esteja em constante risco de incêndios, secas e outras catástrofes.

Chegou o momento de pensar a longo prazo, de forma proporcional ao crescimento lento do verde que nos dá suporte. Quanto mais demorarmos, mais teremos de aguardar.

Vamos plantar!
Juntem-se a nós, não deixem escapar esta oportunidade de contribuir para o amanhã das próximas gerações.