SOBREIRO
A cortiça, para além do papel representativo na economia portuguesa, é uma mais-valia ecológica pela sua combustão lenta.
(Quercus Suber)
ORIGEM: Sul da Europa e Norte de África
PORTE: < 25 m
FLORAÇÃO: Março – Julho (folha persistente)
FRUTO: Setembro – Novembro ( a partir dos 10 - 12 anos; com regularidade após os 25.)
HABITAT: de raízes profundas, prefere solos soltos e permeáveis em ladeiras pouco elevadas (<1200m), protegidas dos ventos do norte e sem geadas, com climas algo húmidos pela proximidade ao mar.
*DESCORTIÇAMENTO: < 25 anos, ou quando a árvore atinja os 70 cm de perímetro medidos a 1,3m do solo. Volta repetir-se o mesmo processo passados 9 anos. Podendo ser descortiçado cerca de 17 vezes (em 150 de vida).
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História
Representando anualmente mais de 700 milhões de euros da exportação portuguesa, a cortiça é o maior atractivo desta espécie. Emprega-se na construção, na industria vinícola, no mobiliário, etc. Da primeira e segunda desboias (termo utilizado para o descortiçamento) obtém-se cortiça dura e irregular, difícil de trabalhar usada para pavimentos, objectos decorativos, etc. Só a partir da 3ª desboia se obtém uma cortiça para a elaboração de rolhas de qualidade. Para além da casca, o seu fruto - as bolotas, tal como os Carvalhos - são utilizadas na alimentação de animais e extracção de óleos vegetais. A madeira é utilizada para lenha e carvão vegetal, assim como para a extração de taninos utilizados, por exemplo, na cosmética.
CARVALHO ALVARINHO
Muito frequente da flora portuguesa, tem uma grande importância para a protecção dos solos e desenvolvimento económico.
(Quercus Robur)
ORIGEM: Europa, característica da flora Portuguesa
PORTE: 20 – 40 m
FLORAÇÃO: Abril – Maio
FRUTO: Setembro – Outubro (após os 60 anos)
HABITAT: matas de clima temperado com influência climática atlântica, baixa altitude (< 1000m). As suas raízes profundas oferecem óptima resistência ao vento.
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A designação latina Robur indica madeira dura e resistente - utilizada durante séculos na construção civil e naval, sendo por isso muito procurada. Cria um tipo de carvalhal de elevada riqueza faunística, essencial à conservação dos ecossistemas (abrigo e alimento). Notável pela sua longevidade e excelente capacidade de criar solos.
MEDRONHEIRO
Pelo seu porte e folha persistente, gera sombra capaz de impedir o desenvolvimento dos rebentos de espécies indesejáveis.
(Arbutus unedo L.)
ORIGEM: Mediterrâneo
PORTE: < 10m
FLORAÇÃO: Outubro a Fevereiro
FRUTO: Outubro – Novembro
HABITAT: dá-se sobretudo em sobreirais, bosques de carvalhos e bosques mistos. Também em solos rochosos, mas preferindo-os frescos, soltos e profundos. É indiferente ao pH. Espécie de plena luz. Necessita de humidade, mas sem encharcar. Resiste bem às geadas e a temperaturas até -15ºC. Prospera com relativa exposição marítima e tolera poluição industrial.
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Tolerante ao ensombramento, o medronheiro gosta de climas suaves, sendo capaz de suportar climas com baixa pluviosidade e períodos estivais secos.
O seu fruto é muito apreciado, sendo usados na produção de aguardente, um produto típico Português.
As folhas e casca do medronheiro contêm taninos que são utilizados para curtir as peles. A sua madeira é boa para tornear e excelente combustível. O fruto é conhecido por embebedar, e em tempos as suas propriedades anticépticas era usadas no combate de problemas das vias urinárias. Mitos à parte, é um fruto vermelho, rico em anti-oxidantes.
Comum por todo o sul da Europa, Irlanda, norte de África e Palestina.