Incêndios: Ano após ano, o cenário repete-se.

1º post4.jpg

A sensação de impotência perante um país destruído pelos incêndios inquieta-nos. De um lado erguem-se vozes inflamadas pelo descuido, por interesses geopolíticos, pela incapacidade técnica no combate, etc.. Mas tudo se desvanece nas cinzas; os jornais destacam novas notícias e a população só volta a recordar os incêndios no próximo verão.

A desresponsabilização sobre o território, a falta de interesse e manutenção feita por todos parece-nos um dos problemas, tal como o cenário de complicações apresentado a quem quer ajudar - tão denso e impenetrável, ao ponto da conformação nos domar.

Somos jovens, mas recordamos com nitidez os incêndios na televisão e ao nosso redor pelo menos desde 2006. Perguntamos: “o que mudou desde então?”

Julgamos que um dos motivos que levam ao agravamento deste problema a cada ano está na dificuldade em encontrar meios simples e visíveis de cuidar Portugal em conjunto, como um projeto comum. E, mesmo que fosse fácil, sabemos que, apesar da vontade, uns não dominam temas de florestação, e a outros simplesmente não lhes resta tempo. Investigamos algumas formas de ajudar, mas todas elas requerem tempo livre, deslocações, custos… demasiadas exigências que, de forma compreensível, dificultam a ação. Mas... e se a ajuda estivesse simplesmente à distância de um clic?

Já que a internet faz parte do quotidiano de quase todas as pessoas, pensámos que seria fácil obter ajuda ao criar uma espécie de “serviço on-line”, porque no nosso entender não é justo deixar de fora uma só pessoa que tenha vontade proteger Portugal.  Construímos uma equipa e uma plataforma que tem o papel de acabar com a lamentação e partir para a (plant)ação, permitindo a qualquer pessoa plantar uma árvore mesmo plantado no sofá.

Falámos com eng. Florestais, informamo-nos sobre a flora portuguesa e, finalmente, escolhemos árvores autóctones, com características capazes de gerar impacto na prevenção de incêndios e na economia nacional.

O nosso objetivo é recobrir Portugal de verde. 
E tu, vais ficar aí plantado?